sexta-feira, 24 de agosto de 2012

NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES, VOTE EM VOCÊ!


Tempo de eleições.
Hora de ficar bem claro quem é o empregador e quem é o empregado no serviço público: o povo é o empregador, o chefe, o dono; o político é o empregado, o colaborador, o funcionário. Muita gente se esquece disso, e os papéis parecem se inverter durante o “mandato” do cidadão eleito.
Assusta-me receber alguns e-mails, certamente escritos ou enviados por pessoas “que ignoram” a importância do voto, estimulando o “voto nulo” e o “voto branco”, em outras palavras, estimulando o “voto avestruz”. Isto é, a atitude de enfiar a cabeça na areia e deixar outras partes vulneráveis do corpo “à mercê” da escolha de outros.
O Brasil é um país jovem.
A maioria da nossa população é composta por jovens, e eu acredito na juventude. Não consigo imaginar um jovem inteligente votando nulo ou branco.
É preciso ter decisão; é preciso ter coragem.
Faça sua escolha! Tome um partido. Votar nulo ou branco não é “ter personalidade” ou “ser culto”, mas apenas ser influenciado pela ignorância, ter medo de expressar a própria opinião e agir covardemente sobre isso.
Se você quer deixar sua marca na história, seja corajoso. A história é feita por pessoas que estudam os fatos, enfrentam o medo com coragem, tomam decisões e agem com determinação. Covardia é para os críticos, que não têm competência para realizar nada, apenas falam asneiras enquanto assistem a história ser escrita.
Algumas vezes ouço a “máxima”: voto de “revolta”.
Revolta contra quem “cara pálida”?
Se você cai nessa conversa mole e vota em “qualquer um” por “revolta”, quem vai sofrer a influência (ou a incompetência) do poder dado a um despreparado que, de uma hora para outra, passou a ser chamado de “doutor” ou “excelência”, é você mesmo (com o resto da população... por sua culpa)!
Quer punir políticos incompetentes e corruptos? Então vote em pessoas honestas e competentes. Isso é o que atinge esses cidadãos desonestos. Simples! Expulse os maus políticos do “poder”. Lembre-se: você é o chefe; você é quem manda; você é quem decide... desde que você exerça o seu direito de voto corretamente.
Alguns dizem: “mas qualquer pessoa honesta que entra lá torna-se corrupto”.
Pense bem! Essa afirmação é incorreta e injusta. Use sua capacidade de raciocínio; use lógica! Pesquise a fundo a vida dos políticos atuais. Uma pessoa realmente honesta não se deixa corromper. Se alguém “torna-se” corrupto é porque já tinha esta “semente” de desonestidade no caráter.
Procure pelos fatos. Existem, sim, alguns bons políticos. Infelizmente, justamente por crenças irreais como aquela expressa pela frase acima, eles ainda são poucos para reverter o quadro geral. Essa reversão torna-se ainda mais difícil pelo fato de apenas as notícias ruins terem espaço na imprensa. Isto é, a impressão que nós, população, temos é que existem apenas corruptos na política, pois só eles enchem as páginas dos jornais com suas atividades ilícitas. Para esses, ser político é como “sentar em um trono na porta da cadeia”. Com tanta sujeita nos jornais, não sobra espaço para notícias sobre políticos bons e suas atividades.
Mas, como já disse, eu acredito na inteligência dos jovens e na sua capacidade de não se deixar levar pela manipulação da imprensa, que só interessa aos candidatos ruins, que têm o objetivo único de ocupar os lugares dos políticos ruins e “tirar a sua parte também”.
Como resultado de toda essa situação e da opinião pública “achando que todo político torna-se ladrão” observa-se o afastamento da maioria das pessoas honestas da candidatura política. Isso é extremamente perigoso para o futuro do país. Precisamos reverter o quadro e incentivar pessoas competentes e honestas a participarem da política, tomando os lugares das “raposas”.
Assim, se você é realmente inteligente, competente e honesto, em vez de criticar a situação política, votar nulo, branco ou “revoltado”, faça o que as pessoas de coragem fazem: encare a situação de frente e candidate-se! Não tenha medo de enfrentar a opinião pública negativa no início da necessária mudança e sirva o país como “funcionário do público” de forma ética e firme. Dê o exemplo!
Agora, se você não está completamente certo de que irá aguentar firmemente a oferta de propina e de atividades ilícitas, tenha consciência da sua falta de caráter e fique longe do poder público.
Finalmente, sumarizando o que é válido para todos nas próximas eleições: PESQUISE fatos antes de votar; VOTE corretamente; DEMITA políticos ruins; INCENTIVE e CONTRATE (vote em) bons candidatos! E, por favor, professores: façam sua parte e ensinem sobre a importância do voto correto. Vocês têm o poder nas mãos. Pensem bem nisso e ajam agora, antes das eleições. Depois, não adianta reclamar.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

EDUCAÇÃO É A ESSÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


Em ano de Rio+20, a conferência da Organização das Nações Unidas para discutir o desenvolvimento sustentável do planeta, parece que todas as conversas e imagens ficaram com tonalidades verdes.
Com base na experiência da conferência de 1992 na mesma cidade, as importantes perguntas que temos nesse momento, ainda embalados pelo “espírito Rio+20” são:
  1.   Será que todas as palavras, as ideias, as promessas e a determinação apresentadas neste momento sobre construir um futuro sustentável vão durar até surgirem resultados reais e significativos, ou depois que os holofotes da imprensa apontarem para outra notícia a animação inicial dos políticos e da população vai se desintegrar ao colidir com os inevitáveis obstáculos e desafios que compõem o caminho das mudanças exigidas para transformar o modelo de nossa sociedade atual naquele necessário para a sustentabilidade?
  2. Qual o esforço que as pessoas e/ou organizações estão dispostos a fazer, e quais os confortos que estão realmente dispostos a abdicar, em prol das grandes mudanças iniciais necessárias para colocar o planeta em direção do desenvolvimento sustentável?
  3. Qual é a coisa mais importante para criar um novo estilo de vida na humanidade?

As duas primeiras questões acima só serão respondidas pelo tempo. Vamos esperar para ver... E torcer também... E fazer a nossa parte! E isso está ligado diretamente com a resposta para a terceira pergunta.

Todos nós somos tripulantes de uma grande espaçonave azul chamada Terra. Ela tem recursos limitados para sustentar nossas necessidades. Quando vemos os números que expressam as necessidades associadas ao crescimento populacional e comparamos com o acelerado decréscimo da capacidade do planeta em manter o equilíbrio dos seus sistemas e recursos naturais, fica claro que “a conta não fecha”. Em outras palavras, se nada for feito, estamos pavimentando nosso caminho para a extinção.

Pergunto: Afirmamos que os seres humanos são “seres inteligentes”. Será que o nosso comportamento como espécie sobre esse planeta tem confirmado essa afirmação?

Não responda agora...
Olhe para a frente. Precisamos de uma decisão imediata!
É simples assim: não podemos continuar com o nosso estilo de vida, em que uma parte da população do planeta consome recursos percentualmente correspondentes a “várias Terras”, enquanto outra parte vive em condições sub-humanas. Na média mundial, atualmente já consumimos mais recursos do que nosso planeta pode fornecer. Em futuro próximo, se nada for feito, parte da população perecerá e o restante terá que sobreviver em um ambiente cada vez mais hostil para a vida.
É esse o futuro do planeta que sonhamos para nossos descendentes?
Claro que não! Surge a voz uníssona dos mais esclarecidos.

Precisamos de mais competência para pilotar com segurança essa espaçonave azul chamada Terra em direção a um futuro melhor do que as previsões atuais de fome, falta de água, desemprego, epidemias, conflitos e outros “personagens típicos do apocalipse”.

Em termos de constituintes da competência, já temos conhecimento (ciência) e habilidade (tecnologia). Falta-nos, e muito, a atitude correta, a vontade de mudar  nossos comportamentos e hábitos. E isso é difícil, em princípio. Temos medo de “perder” nosso conforto. Compartilhar parece algo injusto a curto prazo. Mas isso é parte das crenças, dos paradigmas que desenvolvemos dentro do modelo de sociedade atual.

Para desenvolver a atitude correta precisamos de duas coisas: compaixão e educação.
Sim, precisamos de mais compaixão. Note que compaixão é diferente de “dó”. Ter compaixão é colocar-se no lugar de outra pessoa. Qualquer um se preocupa com o equilíbrio ambiental quando é atingido por um desastre natural.
Mas é difícil pensar em mudar nossos hábitos para um futuro mais sustentável quando temos tudo o que precisamos no conforto e segurança de nossas casas. A vida está boa assim... para que mudar?
Para esse grupo, a mudança de comportamento começa na conscientização, através de campanhas educativas.

Do outro lado da moeda, coloque-se no lugar de pessoas vivendo nas regiões mais pobres do planeta. É difícil pensar em sustentabilidade de modo geral, quando não temos água ou comida suficientes para “nos sustentarmos” por mais um dia.
Para esse grupo, primeiro é necessário reduzir a pobreza, fornecer educação profissional e empregos. Depois, a ideia de comportamento sustentável pode fazer algum sentido.
De qualquer forma, com muito ou com pouco para viver, não temos escolha. A humanidade precisa mudar e, de maneira interessante, como vimos acima, essa mudança tem que passar, obrigatoriamente, pela educação. Ela está na base da conscientização e na formação de cidadãos produtivos. Mais ainda, está associada diretamente com o desenvolvimento de uma “nova cultura”. Isto é, só através da educação que as novas gerações crescerão com a mente sincronizada com a “atitude sustentável”. Sem sermos forçados pelos desastres, não há outra maneira de mudar, que não seja pela educação.

Agora note o seguinte: o fato de termos grande parte da população em condições péssimas de qualidade de vida, associado à necessidade da cooperação desse grupo para a “sustentabilidade” do planeta, determina que, necessariamente, temos que acoplar o “desenvolvimento” à equação. Ou seja, não existe chance de sustentabilidade sem desenvolvimento e, da mesma forma, não existe futuro no desenvolvimento sem sustentabilidade. Os componentes “social, econômico e ambiental” são completamente associados. Mais do que isso, são “interdependentes” para a verdadeira qualidade de vida, para o verdadeiro “desenvolvimento sustentável”.

Sabendo disso, podemos perguntar: então, qual é a dificuldade para se “chegar lá”?

A resposta é “integração”! Como colocar juntos todas as tecnologias, metodologias e interesses de pessoas e grupos de modo a eficientemente satisfazer o bem estar comum?
Pergunta antiga esta, não é? Até hoje, ao longo da história do ser humano, nunca tivemos uma resposta completa e satisfatória, principalmente sem uma política preparada, justa e honesta.
Bem, agora chegou a hora de respondê-la! A necessidade de mudança nos força a ser mais inteligentes, de verdade, na superfície desse planeta a partir de hoje. A alternativa é a extinção.
Será que conseguiremos? Quem você acha que é responsável por “criar a resposta” SIM para esta pergunta? Pense nisso!

domingo, 25 de março de 2012

Ciências na Sala de Aula

           “Eu detesto física!” Quantas vezes você já ouviu essa frase?
           Talvez você mesmo já tenha dito isso!
        De qualquer modo, é fato que muitas pessoas (confesso que me assusta pensar que pode ser a maioria) têm aversão pelas matérias ligadas às ciências, como física, química, biologia, matemática e todas as “derivadas”.
      O que assusta nesta constatação é saber que o desenvolvimento de qualquer país, para ser solidamente construído, depende das carreiras de ciência e tecnologia. Não se constrói um país de primeiro mundo apenas com jogadores de futebol, jornalistas, filósofos, advogados, sociólogos, antropólogos, políticos, economistas, artistas e outras carreiras de humanas. Certamente essas são carreiras essenciais para o cenário completo do desenvolvimento. A nossa própria carreira, como educadores, está contida na área de humanas. Contudo, a transformação de conhecimento em produtos de alto valor agregado, incentivando a pesquisa, as inovações, a geração de empresas e empregos no país, precisa necessariamente de um percentual expressivo de profissionais da ciência e da tecnologia. Precisamos de engenheiros, físicos, químicos, biólogos, médicos, etc.
Mas o fato é que definitivamente existe uma aversão dos jovens pelas aulas de ciências! E essa ideia, carregada e ampliada ano após ano no ensino fundamental e médio, gera menos optantes pelas carreiras de C&T no ensino superior!
Temos um problema nas mãos que potencialmente, em escala nacional, pode comprometer o próprio desenvolvimento do país em futuro próximo. Aliás, esse efeito de falta de interesse pelas carreiras de C&T também aconteceu aqui nos Estados Unidos, o que incentivou a criação imediata dos programas STEM (Science, Technology, Engineering, and Math), que trouxeram mais dinâmica e interesse para a educação nessas áreas.
Como todo problema, devemos começar pela reafirmação do objetivo, depois pela identificação dos fatores contribuintes para a deficiência e, finalmente, pelo desenvolvimento e aplicação de ações corretivas (soluções).
Nosso objetivo é aumentar o interesse dos alunos pelas aulas relacionadas às ciências e, assim, contribuir para uma maior procura pelas carreiras de C&T. No momento temos o fato da aversão dos jovens pelas matérias de ciências.
Certamente fazem parte dos fatores contribuintes para o problema observado: pouca divulgação científica nos meios de comunicação, desprestígio da carreira de professor, o que contribui para o despreparo desses profissionais nas áreas da ciência, especialmente daqueles que trabalham na formação básica, e a falta de ferramentas e métodos mais adequados para apresentar os assuntos relacionados às ciências nas salas de aula, laboratórios... e fora deles!
A solução para esse problema pode passar por diversos caminhos e estágios, e faz parte de longas e frequentes discussões hoje em dia. Portanto, o que apresento aqui são apenas algumas considerações para “colocar lenha na fogueira” das ideias e contribuir de alguma forma para atingirmos o nosso objetivo. Essas considerações foram levantadas durante os estudos para implantação de programas de incentivo à ciência no ensino fundamental da Fundação Astronauta Marcos Pontes.
Inicialmente, observe que não são necessários equipamentos caros ou métodos complexos para ganhar o interesse dos jovens por algum assunto de ciência e tecnologia.
O professor tem, como sempre, enorme influência no processo.
O estilo de aula baseado na transcrição de teoria e equações no quadro negro, mesmo acompanhada de músicas ou outros “recursos de memorização”, pode funcionar para provas de vestibular, mas não é nada eficiente para o aprendizado. É preciso fazer o assunto (incluindo as equações) sair do 2D no quadro para o 3D na vida e nas mãos dos alunos. O assunto tem que ganhar “corpo”, justificar sua existência e limites como teoria que tenta modelar princípios e fenômenos naturais do dia a dia. Cada parte de uma equação, cada conceito envolvido, tem uma história por trás, uma razão de ser, uma possível emoção a ser associada, e isso é mais relacionado com a nossa vida do que livros e expressões matemáticas.
“A imaginação é mais poderosa que o conhecimento”. Isso foi dito por alguém de grande sabedoria. Podemos complementar com “A imaginação é parte essencial da motivação para o conhecimento”.
Observe que a imaginação é ligada às duas emoções que estão na raiz da motivação de todas as nossas atividades: o medo e o prazer. A imaginação é ligada ao medo quando percebemos uma “necessidade” e precisamos “imaginar” alternativas, e ao prazer quando buscamos maneiras de vencer os desafios para saciar nossa  “curiosidade”.
Interessante! Se juntarmos essas ideias aos fatos de que sempre aprendemos por associação, de que a emoção intensifica as associações e de que encontrar prazer frequentemente na mesma atividade gera hábito, podemos começar a encontrar maneiras de transformar o aprendizado de ciências em algo mais prazeroso, interessante, marcante e frequente na vida dos alunos.
Já que o medo atrapalha o aprendizado amplo, pois focaliza a atenção  e inibe a extrapolação de conceitos (ninguém aprende realmente sob pressão, e cada um aprende à sua maneira), talvez a chave que procuramos esteja na “curiosidade”. Note que a curiosidade, acompanhada de desafios vencidos, gera prazer, que gera imaginação, que gera mais curiosidade, que gera mais prazer a cada descoberta... e assim por diante. Isso! É bem possível que esse ciclo gere o hábito bom pela pesquisa que, em última instância, conduzirá o aluno à busca pelas carreiras de C&T!
Mas como gerar curiosidade?
Novamente: o professor tem, como sempre, enorme influência no processo. Contudo, não se esqueça que temos três “níveis” ou “tipos” de matérias relacionadas à ciência e tecnologia: 1- Ferramentas, como matemática, desenho técnico, desenho artístico, história da ciência, metodologia científica, etc.; 2- Conhecimento básico, como física, química, biologia, etc.; 3- Aplicações, como eletrônica, aerodinâmica, neurologia, meteorologia, programação, agronomia, etc.
Já notou como a maioria dos jovens “vivem” tecnologia (aplicações) e aprendem rapidamente como usá-la (mesmo sem ler o manual)? Já notou como parte da motivação vem do prazer de “descobrir” e compartilhar com os amigos, como maneira de afirmação emocional? Tudo isso pode ser usado!
Observe que as matérias ligadas às aplicações, incluem sistemas e equipamentos “legais” de montar, desmontar e operar, como rádio amadores, robôs, sensores, etc., que são todos multidisciplinares com relação às matérias de conhecimento básico e ferramentas. Então... somando tudo isso...
Talvez pudéssemos incentivar mais a criação de clubes, competições e feiras de ciência; talvez pudéssemos colocar mais nas mãos dos alunos os desafios de construir, aperfeiçoar e modificar algumas dessas “aplicações legais”, mesmo de forma rudimentar e sem a base de conhecimento completa; talvez pudéssemos incentivar mais a utilização dos recursos de pesquisa (incluindo os professores, livros e internet) para acharem suas respostas e soluções para vencer seus desafios; talvez pudéssemos nos preparar melhor e fazer as “conexões” corretas com as matérias e histórias “por trás” das equações e conceitos à medida que nos procuram para suas soluções; talvez pudéssemos inverter a direção usual: em vez de sair do quadro para o laboratório, sair do laboratório para o quadro.
Talvez pudéssemos? Não! Nós podemos! E felizmente já vejo muitos educadores fazendo exatamente isso. E você? O que tem feito?

segunda-feira, 5 de março de 2012

Expressar Opinião e Assinar Embaixo.


No dia 3 de março de 2012, fui surpreendido pela informação da minha assessoria de que alguém, homônimo ou ilegalmente fazendo-se passar por mim, escreveu e publicou o seguinte artigo:

“Os Milicos Falaram - Marcos Pontes

Os milicos falaram – veja o manifesto dos militares. Os militares se feriram. As Forças Armadas mantiveram silêncio por muito tempo, em relação aos exageros, desmandos e revanchismos da esquerda raivosa catapultada aos píncaros da República.

Entre a esquerda festiva da cachaça, da maconha e dos jargões cubanos não é/era tão nociva quanto esta esquerda furiosa que, abocanhando o poder, mostra as garras de fora pronta para atacar a jugular de qualquer um que a ela se oponha. Os exemplos históricos são muitos e os ensinamentos teóricos ou empíricos de Abrahan Lincoln se confirmam: “Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder”.

Do alto de sua prepotência, os ex-terroristas eleitos democraticamente, prática que no fundo odeiam, e os alçados a auxiliares diretos por conta de suas velhas amizades no cárcere, nas células terroristas ou nas ações criminosas (assalto a bancos, a residências, seqüestros e assassinatos não são crimes apenas em ditaduras, como tentam fazer crer aos desavisados aqueles criminosos que hoje fazem fortuna lesando o erário ou fazendo de seus cargos balcões de negócios), pouco importando sua competência, seu preparo para administrar um país e fazer desse país uma nação.

O manifesto dos militares da reserva não cairá nas páginas da grande mídia assalariada, jornalistas em seus genuflexórios diante do todo poderoso senhor dos cheques, o PT. A imprensa cederá aos apelos do “poder central”, como as ditaduras esquerdistas adoram chamar seus governantes, sob o argumento de que a publicidade da insatisfação dos militares pode despertar na população, que ainda tem as Forças Armadas em boa conta a despeito dos repetidos esforços em detratá-las, o desejo de mudança, de moralização do poder público, da caça aos desmandantes e seus amiguinhos corruptos e corruptores que usam uma ideologia falida para enriquecerem ilegalmente.”

Nota-se que o artigo em questão, com teor político e críticas à imprensa, ao Partido dos Trabalhadores e seus componentes, recheado de formações gramaticais e termos “mais antigos e rebuscados”, claramente difere do meu estilo de tema e escrita – simples, como mandam as boas soluções da engenharia. Basta compará-lo com meus livros e as dezenas de artigos publicados por mim em jornais e revistas do país (www.marcospontes.com.br). 
Como pode ser facilmente observado, meus artigos e livros SEMPRE têm foco patriótico positivo e construtivo – muito diferente do tom político negativo, rancoroso e crítico do referido artigo.

Obviamente, como militar da reserva eu conheço, atesto e defendo a importância institucional das Forças Armadas para a estabilidade da nação e para a segurança do nosso futuro. Também, como todos os brasileiros, eu compartilho o desejo de que tenhamos um país cada vez mais desenvolvido, justo e livre de corrupção. 
Vejo a tarefa de atingir tais metas como uma missão de todos nós, brasileiros, juntos, cada um fazendo a sua parte e cumprindo seus deveres, antes de exigir seus direitos. Uma missão que deve ser executada com olhos voltados para o futuro; construída dia a dia através da educação dos jovens, da busca pela igualdade social com desenvolvimento sustentável, harmonia e respeito às leis, instituições e valores. Nunca pela acusação, pela força, ou pela crítica destrutiva dirigida a qualquer pessoa, organização ou partido político. Nada importante e positivo pode ser construído com acusações e ódio, apenas com conhecimento, trabalho e união.

Após intervenção nos comentários do blog, o responsável pela página reportou que o autor seria um homônimo, um jurista da Bahia. Porém, ao final do texto do artigo, ou junto ao nome do autor, não é nem apresentado o título (Jurista) nem uma breve biografia do autor, como é prática comum em artigos publicados, justamente para evitar esse tipo de confusão de autoria, que neste caso é agravada pelo fato de eu ser pessoa pública e militar da reserva – categoria diretamente relacionada ao assunto do artigo. Espero que, neste caso, essa “confusão” não seja exatamente o objetivo da omissão da identificação completa e correta do autor, visando promover o website com discussões formadas em relação à minha “suposta autoria”.

Portanto, visando encerrar o assunto e eliminar qualquer dúvida que por ventura possa surgir com relação ao referido artigo, esclareço que não sou o seu autor e que pretendo instituir processo legal contra o responsável, caso seja comprovada a omissão proposital das credenciais do autor ou o uso ilegal do meu nome.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Não Passei no vestibular!!


Não passei no vestibular! E agora?

Professor Marcos Pontes
Astronauta Brasileiro

A sensação é de decepção e tristeza. Milhares de pensamentos recheados de verbos terminados em “ia”: eu gostaria, eu teria, eu conseguiria, eu podia, eu deveria, etc.  São cobranças e mais cobranças na nossa consciência. Um peso enorme nas costas: “O que meus amigos vão pensar? O que vou dizer? Os meus pais pagaram todo esse tempo de cursinho. Eu já deveria estar na faculdade. O que eu fiz de errado? O que faltou?”
Não passar no vestibular é, realmente, algo “chato”. Representa perda de tempo, esforço e dinheiro. Mas convenhamos: NÃO É O FIM DO MUNDO!
Nossa vida é cheia de desafios e obstáculos. Todas as vezes que temos um objetivo a cumprir, procuramos planejar todos os detalhes e, depois, nos preparar da melhor forma possível para executar aquele planejamento. Isso é garantia de sucesso 100%? Claro que não! Existem fatores e dificuldades não previstos que podem sabotar nossos planos e impedir a conquista do nosso objetivo... naquele momento!
Observe bem isso: “naquele momento”.
Todos nós fracassamos de tempos em tempos. Só não falha aquele que nunca tenta, aquele que, por medo da derrota, não se arrisca a lutar pela satisfação da vitória. Os medíocres são assim, criaturas vencidas pelo próprio medo. E você não é um medíocre! Você é um vencedor!
Você sabe a melhor definição de sucesso, na minha opinião? É aquela que diz: “Sucesso é a vitória que você consegue depois de superar o último fracasso.”
Ou seja, para ter sucesso é preciso passar pelo fracasso e tentar novamente; quantas vezes forem necessárias!
Quer passar no vestibular e realizar seus sonhos de vida? Então tenha coragem para encarar seus fracassos de frente e persistência para levantar, bater a poeira, aprender com os seus erros e tentar novamente, sempre com a cabeça erguida!
E na prática? O que isso significa? O que devo fazer?
Primeiro, aceite o fato: você fracassou nessa tentativa. Pare de ficar passando o “filminho de derrota” na sua cabeça e se martirizar com o que “deveria ter feito”. Isso tudo faz parte do passado, e você não pode mudar o passado, apenas pode trabalhar para construir o futuro. Chore e descarregue a raiva em um travesseiro, se for necessário, depois respire fundo, levante a cabeça, olhe para cima e enxergue o seu sonho. Focalize-o em sua mente. Nunca perca seu sonho de vista. Quando você tira os olhos do seu objetivo, a única coisa que você vê são dificuldades.
Segundo, preocupe-se com a sua vida. Não importa se o seu amigo, ou a sua amiga, passou e você não. Não importa o que qualquer pessoa pensa sobre você. O que eles pensam não tem qualquer influência positiva para sua vida. Além disso, você não pode mudar o que eles pensam; você pode apenas mudar o que você pensa. Então, escolha pensar em você; no que você quer e fará daqui por diante. Não perca nem um segundo do seu tempo tentando “pensar pela cabeça dos outros”. Deixe isso para lá!
Terceiro, separe resultado e pessoa. Você teve um RESULTADO ruim no vestibular. Isso não significa que VOCÊ é ruim. O seu resultado naquelas provas é uma coisa, você é outra. Não se menospreze devido a um resultado. De hoje em diante, todas as manhãs, olhe para o espelho e repita mentalmente, olhando nos seus olhos: “Eu sou muito inteligente e capaz. Eu sou forte e persistente. Eu aprendo com os meus erros. Eu POSSO realizar tudo o que eu quiser na vida. Hoje eu estou mais próximo do meu objetivo”. No começo, isso parecerá meio estranho. Mas não deixe de fazer isso todos os dias. Você sentirá o efeito com o tempo e fará essa afirmação mental cada vez mais naturalmente, mesmo durante suas atividades do dia a dia.
Quarto, fale abertamente com um professor que você confia. Pense de forma lógica, não emocional. Junto com o professor, procure fazer um retrospecto do que você fez no último ano e quais foram suas principais dificuldades no vestibular. Seja completamente aberto e honesto (com você mesmo). Não queira “justificar” nada. A questão a ser respondida aqui é: “o que eu posso fazer neste ano para melhorar minha performance e corrigir meus pontos fracos?”
Quinto, use o que aprendeu. Organize-se e execute seu plano de estudos. Mantenha encontros regulares com o seu professor de confiança (ou com um profissional, coach, de performance) para avaliações intermediárias do seu progresso no plano de estudos e mantenha o foco no sucesso.
Sexto, comprometa-se com o seu objetivo. O que é mais importante: Comparecer às festinhas dos amigos ou passar no vestibular? O seu tempo é um bem precioso e perecível. Use seu tempo para realizar atividades que sejam importantes para o seu objetivo. Tudo que não contribui para o seu objetivo é supérfluo neste ano; guarde para o próximo ano! Pense até em “dar um tempo” no namoro “intenso e conturbado”. Mantenha o FOCO!
Sétimo, mantenha o equilíbrio. Tudo na natureza tem de ser equilibrado, inclusive o seu tempo de estudo e descanso. Sem dúvida é importante dedicar tempo diário para estudar com afinco. Porém, você precisa encontrar um balanço com o tempo de descansar e divertir-se saudavelmente (esporte, ouvir musica, etc.). Isso é importante para a sua saúde, concentração e performance. Alerta sobre diversão: deixe a diversão que compromete sua saúde no dia seguinte (noitadas, bebidas, etc.) para outro ano. Converse com seu professor ou coach para encontrar um bom equilíbrio entre as atividades. Dica: quando estamos em equilíbrio, não pensamos em uma atividade enquanto realizamos outra. Isto é, quando você está estudando, está concentrado no assunto, não pensando na namorada. Quando está com a namorada, não está “com a consciência pesada”, pensando no estudo.
Um bom ano de estudos, um ótimo vestibular e uma excelente faculdade!
Sucesso!